Lucy Sullivan is getting married (título original)
Marian Keyes - 641 páginas - Arrow Books
Enquanto estiver lendo esse livro, NÃO LEIA A ÚLTIMA PÁGINA!
Mesmo. Lembre-se de quem avisa amigo é. Eu li a última página e isso me roubou parte do prazer da leitura desse livro. No entanto, o livro é tão tão tão bom, que ter lido o final não me impediu de me divertir com o livro.
Em qualquer sinopse de Casório?! você fica sabendo que Lucy Sullivan vai a uma cartomante, que diz a ela que vai se casar em um ano, ou "em até dezoito meses, para garantir." Fica sabendo também que Lucy está solteiríssima quando recebe essa previsão, embora as sinopses apresentem alguns pretendentes possíveis.
Na primeira vez que vi esse livro, confesso que só parei para prestar atenção nele por causa da capa. A capa brasileira é realmente atrativa, como também acontece com os outros Marian Keyes. Até achei a história interessante, mas o livro estava realmente caro, então, o preconceito que eu tinha com a autora falou mais alto. (Costumo ter um pé atrás com autores Best Seller.) Isso mudou quando encontrei o livro pela metade do preço em Oxford (claro que a edição não era tão bonita quanto a brasileira, mas economizar R$ 30 é sempre bom). Antes de começar a ler, eu me perguntava como essa história pode ter rendido quase 700 páginas?
O que torna Casório?! um bom livro não é exatamente a história. Afinal, história como essa há um monte por aí. Não, a diferença é o estilo de Marian Keyes! Ela escreve muito bem. A leitura se torna rápida, mas não como se você folheasse uma revista chata, apenas olhando as fotos. Não! Você não vai querer pular uma linha sequer quando estiver lendo esse livro (caso contrário você vai perder as piadas). A leitura flui, com a garantia de uma gargalhada atrás da outra. E o melhor de tudo: você ri quando a intenção é que o leitor ria, diferente do que acontece com alguns livros de Patricia Cabot e Amante da Fantasia, onde a catarse esperada não é essa. Apesar do grande número de páginas, a leitura não cansa nem um segundo sequer.
Talvez você não goste de Lucy. Eu mesma a detestei. Ela faz uma burrada atrás da outra, trata mal quem a trata bem, trata bem quem a trata mal, etc etc. Diria que seu fim foi muito melhor do que ela merecia e fiquei um pouco triste por quem ficou com ela no final. Uma coisa é certa: o desfecho do livro confirma a teoria de Sherry Argov, autora de Por que os homens amam as mulheres poderosas? e Por que os homens se casam com as mulheres poderosas?, a propósito, dois livros muito bons.
— Karen e DANIEL?
— Hã... sim. — Esqueci que Dennis tinha uma queda por Daniel.
— A Karen que mora aqui? Karen McHaggis, ou sei lá qual é o nome escocês ou caledônio que ela tem? — Dennis não gostava de Karen, agora ia gostar menos ainda.
— Sim, essa Karen .
— Com Daniel, o meu Daniel?
— Se é sobre o Daniel Watson que você está falando, então é o seu Daniel.
— Ai, meu Deus, isso agora me arrasou! — Ele parecia muito abalado. — Preciso de um drinque!
— Tem uma garrafa de alguma coisa bem ali.
— Onde?
— Ali, na estante.
— Ai, vocês são tão pobres! Guardando a bebida na estante de livros.
— Ué, o que podemos fazer? Nós não temos livros, precisamos guardar alguma coisa ali...
Ele procurou pelas prateleiras e disse:
— Não consigo achar...
— Tinha certeza de que estava aí mais cedo.
— Pois não está aqui agora.
— Talvez Karen e Daniel tenham bebido. Desculpe, desculpe — disse, depressa, quando o vi franzir a testa de novo.
— Pode acreditar, esse namoro não vai durar muito. — Sua voz estremeceu ligeiramente. — Ele é gay, sabia?
— Mas você fala isso de todo homem, no universo inteiro.
— Daniel é, mesmo. Mais cedo ou mais tarde vai enxergar a luz. E quando isso acontecer, eu estarei lá.
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