A Giselle, dona deste blog, tem me emprestado muitos livros. Foi ela quem me apresentou Patricia Cabot. Não que eu não conhecesse Meg Cabot, essa eu conhecia sim, por causa do Diário da Princesa. Aliás, eu gostei muito do Diário da Princesa. Gostei muito sim, mas não ao ponto de ler a série completa. Li o primeiro, o último e mais Liberte meu coração que representa para a série o que pode-se chamar de... um extra. Digo a você, meu caro leitor, que não senti falta de um livro sequer fazendo isso. Enfim, gostaria de fazer alguns comentários acerca de três romances históricos da autora.
Atenção! Zona de spoleirs a seguir!
Pode beijar a noiva - Dos três, é o que mais faz o meu estilo. Parece muito um Jane Austen, exceto pelas três cenas quentes. Essas cenas não são chocantes nem forçadas. Apesar do casal envolvido já estar casado, as cenas picantes são importantes para o enredo. Há uma menção a uma modelo francesa, que não contribuiu para uma melhor ambientação no século XIX. Apesar dessa escorregada, a história não é mal ambientada no espaço-tempo que a autora pretendia. É um livro de rápida leitura, com uma história de amor bonita, cenas picantes na medida e final feliz. Aprovadíssimo!
Liberte meu coração - É atribuído à Princesa Mia, com a ajuda de Meg Cabot, mas o estilo é todo de Patricia Cabot. É um livro engraçadíssimo, com a vítima de sequestro mais divertida que já vi num livro. A autora pretendia ambientar a história na Idade Média, mas definitivamente não conseguiu. O Feudalismo é mostrado, mas não há como sentir a atmosfera medieval com a heroína andando de calças apertadas durante o livro inteiro sem sequer sofrer uma tentativa de violência sexual. Lendo esse livro, eu descobri uma fórmula mágica:
Rosa do Inverno - Ah, como eu estava ansiosa para escrever sobre esse! Primeiro, gostaria de fazer uma piadinha com o título original. Where roses grow wild: They really grow WILD there, hehehe. Bem, voltando à resenha. Achei impressionante como copiar a história de um autor sem deixar que a cópia seja reconhecida pelo estilo do autor copiado.
O texto chega a ser informal demais, mais do que o aceitável para um romance histórico (por causa dos diálogos) e há muitos erros históricos no livro. Por exemplo, em determinado momento do livro, um homem diz a uma jovem de 21 anos que ela está muito nova para casar. Como isso seria possível na época, se meninas de 15 anos já eram consideradas mais do que prontas para o casamento? Para piorar, a autora perde a mão nas cenas quentes. As cenas picantes, além de muitas, são irrelevantes para o enredo. Assim, você não consegue, nem com muito esforço, visualizar a história acontecendo na época que a autora escolheu para ambientar a história. A não ser que... você tenha lido Orgulho e Preconceito!! Compare:
Liberte meu coração - É atribuído à Princesa Mia, com a ajuda de Meg Cabot, mas o estilo é todo de Patricia Cabot. É um livro engraçadíssimo, com a vítima de sequestro mais divertida que já vi num livro. A autora pretendia ambientar a história na Idade Média, mas definitivamente não conseguiu. O Feudalismo é mostrado, mas não há como sentir a atmosfera medieval com a heroína andando de calças apertadas durante o livro inteiro sem sequer sofrer uma tentativa de violência sexual. Lendo esse livro, eu descobri uma fórmula mágica:
Orgulho e Preconceito + Liberte meu coração = Rosa do Inverno
Rosa do Inverno - Ah, como eu estava ansiosa para escrever sobre esse! Primeiro, gostaria de fazer uma piadinha com o título original. Where roses grow wild: They really grow WILD there, hehehe. Bem, voltando à resenha. Achei impressionante como copiar a história de um autor sem deixar que a cópia seja reconhecida pelo estilo do autor copiado.
O texto chega a ser informal demais, mais do que o aceitável para um romance histórico (por causa dos diálogos) e há muitos erros históricos no livro. Por exemplo, em determinado momento do livro, um homem diz a uma jovem de 21 anos que ela está muito nova para casar. Como isso seria possível na época, se meninas de 15 anos já eram consideradas mais do que prontas para o casamento? Para piorar, a autora perde a mão nas cenas quentes. As cenas picantes, além de muitas, são irrelevantes para o enredo. Assim, você não consegue, nem com muito esforço, visualizar a história acontecendo na época que a autora escolheu para ambientar a história. A não ser que... você tenha lido Orgulho e Preconceito!! Compare:
Mr. Darcy....................................Lord Edward Rawlings
Miss Caroline Bingley.......................Lady Arabella Ashbury
Mr. Charles Bingley........................Mr. Alistair Cartwright
Mr. Collins..................................Mr. Jonathan Richlands
Mr. Bennet.............................................Mr. McDougal
Miss Elizabeth Bennet......................Miss Pegeen McDougal
Miss Jane Bennet................................Miss Anne Herbert
Miss Lydia Bennet........................Miss Katherine McDougal
Mr. Wickham.....................................Lord John Rawlings
Não é mostrado em Orgulho e Preconceito, mas Lydia Bennet provavelmente terminaria como Kathy, uma prostituta famosa. Só acho que isso não poderia acontecer porque Mr. Darcy e Mar. Bingley jamais deixariam que qualquer coisa ameaçasse a honra de suas amadas esposas.
Rosa do Inverno deveria se chamar Desconstruindo Orgulho e Preconceito. É péssimo como romance histórico, mas é perfeito como comédia. Imagine Mr. Bingley como um Don Juan e Mr. Darcy tendo casos com quarentonas casadas! O que diria Lady Catherine de Bourgh? Afinal, are the shades of Pemberley to be thus polluted?
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