segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Comentários sobre Júlio Verne e Os Sertões

Analisando a obra de Júlio Verne, não pude deixar de observar o quanto ele gostava de escrever sobre viagens. Gostaria de fazer alguns comentários sobre dois de seus livros.

Volta ao mundo em 80 dias - Muito bom! Ação, aventura, romance, tudo em um livro só! 
A história é totalmente diferente das adaptações para o cinema que eu conhecia.  
Leitura leve, bastante agradável e cativante. 

Obs.: A tradução da Martin Claret é um lixo, não compre.

Vinte mil léguas submarinas - Nem tão bom assim. Foi o primeiro livro a me inspirar a escrever uma sátira, que não cheguei a terminar: Vinte mil éguas subsaarinas. Como contei que me aconteceu no post sobre John Boyne, resolvi ler esse livro por ter gostado do anterior e acabei me decepcionando. 
Vinte mil léguas submarinas se torna cansativo em muitos trechos, como Os Sertões, de Euclides da Cunha. Também, da mesma forma que Os Sertões, tem partes interessantes, mas eu não recomendo. (Diferente de Os Sertões, que eu recomendo, especialmente se você é brasileiro.) A menos que você goste muito de livros sobre viagens e sobre mar. Caso você não tenha interesse especial nessa área e queira apenas ler algo do Júlio Verne, leia Volta ao mundo em 80 dias.



Os Sertões - Farei um comentário rápido, já que o citei ao falar de Vinte mil léguas submarinas. Como já disse, é cansativo em algumas partes, mas muito interessante em outras. Essa é a única semelhança que tem com a obra de Júlio Verne citada, além de ambos serem livros longos. Não sei bem por que o citei, talvez porque a lembrança me impeliu a escrever sobre ele. Foi o único livro até hoje que me deu dor de cabeça, hahaha, mas não me arrependo um pingo de tê-lo lido. Preconceitos à parte, Euclides da Cunha tem um olhar muito interessante sobre o sertanejo. Em minha parte favorita, Euclides da Cunha diz que o sertanejo tem uma vantagem competitiva em relação ao branco na Guerra de Canudos, porque tem uma intimidade tal com a vegetação que praticamente se mistura com ela, como se a Caatinga lutasse a favor do sertanejo.
É um retrato da história do Brasil, uma peça importante da nossa cultura. Não despreze-a.

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